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“...JÊÊk S U M INTRODUgAO: GUIANA HOLANDESA Prefacio ^ Pelo Professor Dr. J. C. Kielstra, • Ministro Plenipotenciario no México, ex-Governador de Surinam O Território e o Povo de Surinam 10 Pelo Professor Dr. G. Stahel, Director da Estagao Experimental Agricola de Surinam A Costa Brava, Domada 12 Por R. D. Simons, Inspetor de Instrugao Publica Barro Precioso — A Bauxita de Surinam 14 Uma Cidade Holandesa na Selva 17 Por J. H. Boas, Ex-Diretor do Servigo de Imprensa do Govêrno O Pais dos Pequenos Lavradores 10 Pelo Dr. D. S. Fernandes, Diretor do Departamento de Agricultura Babel da Selva — A linguagem vernacula de Surinam 20 Por R. D. Simons, Inspetor de Instrugao Publica A Igreja e as Missöes em Surinam 22 Surinam, Mosaico Etnico Por J. H. Boas, Ex-Diretor do Servigo de Imprensa do Govêrno % 23 Surinam e a Guerra 26...”
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“...s próprias, tanto em sua composigao étnica como em seus meios de subsistência, desde a agricultura e a pecuaria, ainda primitivas, até a atragao do mar, quasi geral em Saba. Em Surinam, ha uma mistura de habitantes que, DR. H. J. VAN MOOK vindos dos quatro cantos do globo, vao se fundindo em um só conglomerado humano que fala o holandês e ama a liberdade. As mais importantes ragas e reli- giöes do mundo estao representadas em Paramaribo, nas fazendas e nas plantagóes que foram conquistadas a selva, sempre crescente e ameagadora. Mas os pensamentos e as aspiragóes dêsses grupos raciais heterogêneos se acham intensamente fixos nessa nova patria, e pouco a pouco vao diminuindo e desapare- cendo as barreiras comunais que, em qualquer outra parte, poderiam parecer insuperaveis. A guerra também afetou êsses territórios, os quais, mais de uma vez, têm atraido a atengao geral. Suas refinarias de petróleo e suas minas de bauxita traba- lham sem interrupgao, dia e noite, pela causa aliada. 0 submarino...”
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“...que cobrem todo o vale do Amazonas. No centro dessa imensa selva, regada por caudalosos rios, se acha o fenomeno geológico da Guiana—a meseta triangu- lar de Tafelberg, com mil metros de altura, quasi completa- mente plana no alto e com uma extensao aproximada de 165 quilometros quadrados. Sóbre ela, dominando a selva e a propria meseta, erguem-se as montanhas de Guilhermi- na, cujo pico dominante se eleva a cêrca de 1.300 metros. Além da faixa costeira também se encontra uma vasta regi3o selvagem, de florestas tao espessas e impenetraveis que se acha inteiramente deshabitada. Das montanhas de Guilhermina descem as vias de cornu- nicagao da Guiana—rios que correm na diregaó dos quatro pontos cardeais—constituindo o ünico acesso para o inte- rior. Nos vales formados por esses rios, vivem os elementos mais extranhos e, de certo modo, mais pitorescos da popu- lagao de Surinam, de 180.000 almas. Sao uns 18.000 habitantes negros da selva, descendentes dos escravos fugi- dos de outros tempos, e...”
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“...quasi nada podem fazer no momento, nesse sentido. Se os novos terrenos de cultivo dos negros fossem estabelecidos a uma distancia de um quilómetro e meio dos antigos, a porgao da selva situada no intervalo permitiria que êsses terrenos antigos recuperassem a sua fertilidade. Têm sido feitos muitos esforgos para persuadir os negros a que procurem sitios mais afastados, em suas mudangas. de localizagao, mas nenhum resultado foi conse- guido. Em Cronie, paragem situada na costa, ha, entretanto, uma coletividade de negros que aprenderam a aproveitar sabiamente o terreno. Possuem um espago limitado, mas mesmo assim têm sido capazes de satisfazer sempre as suas necessidades. As autoridades sao de opiniao de que sera possivel sanear os pantanos dessa zona, transferindo-se para all toda a populagao de negros da selva do alto Surinam, para cultivar o solo sob a vigilancia paternal do govêrno. Muitos dêsses pantanos da zona costeira ja foram aterrados, constituindo hoje as areas mais cultivadas de...”
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“...—estando entao a Holanda em guerra com a Franga—tomou Surinam, impondo-lhe tributos de colónia. Muitos donos de plantagóes, tendo que pagar oito ou dez por cento do valor das suas propriedades, deram ordens aos seus escravos para que se ocultassem na selva—e a maioria dos escravos, assim libertos, nunca mais voltou. Êsses escravos se uniram aos “quilombolas,” negros fugidos, escapados anteriormente, e em sua companhia fizeram incursöes constantes contra as plantagóes. Os co- lonos enviaram varias expedigöes, bem armadas, para inva- dir a selva, mas tiveram finalmente que declarar livres os “quilombolas,” depois do que voltou a reinar a paz em Surinam. Sao os descendentes desses “quilombolas” da Guiana que hoje se conhecem como “negros da selva.” Em 1799, durante as guerras de coligagao dos fins do século XVIII, quando a recém fundada Republica de Ba- tavia combatia ao lado dos francêses, Surinam foi con- quistada pelos inglêses, comandados por Lord Hugh Sey- mour. Trés anos mais tarde, o...”
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“...aviao de madeira era reconhecida a importancia do alumi- nio, e os trabalhos de exploragao levados a cabo em 1915 tiveram como resultado a organizagao, no ano sequinte, da “Surinaamsche Maatschappij,” entidade subsidiaria da Aluminium Company of America, dos Estados Unidos. Mas, antes de que a produgao entrasse em pleno andamento, a guerra terminou, e, por nao estar completamente estabele- cida a indüstria, o primeiro embarque de mineral nao saiu de Surinam senao em 1922. Entretanto, no meio da selva, a 165 quilometros da foz do rio Cottica, havia surgido Moengo, uma moderna aldeia-modêlo, onde se havia cons- truido uma grande usina para triturar e secar o mineral, com instalagóes para atracar e carregar embarcagóes. Foi assim que Surinam entrou no campo da moderna indüstria, ha vinte anos, e hoje, quando muitas de suas fontes normals de prosperidade se acham transitoriamente inutilizadas, pela invasao da metrópole e pela situagao geral do mundo, a indüstria mineira da bauxita proporciona...”
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“...DMA CIDADE HOLANDESA NA SELVA Por J. H. BOAS ex-Diretor do Servigo de lmprensa do Govêrno A UNS quarenta quilómetros ao sul de Paramaribo, en- cantadora capital da Guiana Holandesa, ou Surinam, como também a Guiana é conhecida, a selva aparece, a principio, pouco rude, pelas incursoes da civilisagao, mas, logo a seguir, em toda a magestosa gloria de sua impe- netrabilidade e de seu sombrio mistério. Ao norte, situada a quinze quilómetros da costa deserta e inhóspita, acha-se a cidade, cercada de planuras, em sua maioria aridas, mas também parcialmente enriquecidas por uma exuberante vegetagao tropical. E um oasis de vida cultural e ordem social no meio da selva, isolado dos grandes centros de atividade humana dessa parte do mundo. E a entrada que conduz aos mis- térios das matas virgens, que coróam as cristas montanho- sas do sul e que se estendem pelo Brasil a dentro, até os bancos do rio Amazonas. Para os próprios holandêses ha algo extraordinario no carater holandês dessa cidade, mais...”
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“...negros da selva, dos peles-vermelhas e de alguns emigrantes asiaticos mais recentes, toda a populagao de Surinam fala com desembarago o holandês. O inglês dos negros da selva tem, entretanto, a mesma importancia, na vida comercial cor- rente de Surinam. Contem palavras das linguas negras nativas, vindas diretamente da Africa, bem como têrmos francêses, portuguêses, espanhóis, inglêses, holandêses e até hebreus, e é uma linguagem tanto grafica como oral, na qual foi traduzida a Biblia, servindo, ao mesmo tempo, para escrever cangöes, contos e historietas. Possüe um grande acervo de provérbios e, o que é mais importante, tem história. O inglês dos negros deve a sua existência as necessidades criadas pela importagao de escravos, os quais comegarm a Chegar a Surinam no ano de 1650. Nao somente os donos dêsses escravos precisavam de uma lingua comum que lhes permitisse se entender com êles, mas os próprios escravos, vindos de diferentes partes da Africa, necessita- vam também de um meio de expressao...”
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“...ÉHÜ SPb4’ mmm IhHS •d&QBiïlk, wm, mm Efipsfe’ MI flM| k P|pr ■Hp ; ~ WBt - > * . H JP^ lll^-' V‘SpP -JjJ Kr’ jg| R ^ <#'J GRANMAM OTOEDENDOE, CHEFE DE UMA TRIBU DE NEGROS DA SELVA DE SURINAM...”
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“...de que em Surinam vivem em comunidade nu- merosas ragas distintas, em uma atmosfera de acentuado holandesismo.” E, todavia, êsse fenómeno podera se tornar um fator predominante no desenvolvimento futuro do Território, além de constituir um exemplo produndamente instrutivo para quem quer que se interesse pelos modemos sistemas de administragao de impérios. O eminente homem de ciência de Surinam, o professor G. Stahel, tratou, em outro artigo, das tribus de peles- vermelhas e dos dos negros da selva, que habitam o interior do pais. Ambas ragas sao de um alto interésse etnológico, ainda que somente os indios sejam aborigenes. Para o desenvolvimento do pais, os aspectos sociais de seus habi- tantes sao, entretanto, infinitamente mais importantes do que as suas respectivas idiosincrasias étnicas, embora essas ultimas possam oferecer um util tema de estudo para aque- les que desejam a fundagao de uma coletividade nacional baseada em uma diversidade de ragas. Os 20.000 indios e negros de Surinam...”