Your search within this document for 'idioma' OR 'oral' resulted in four matching pages.

You can restrict your results by searching for idioma AND oral.
1

“...negros da selva, dos peles-vermelhas e de alguns emigrantes asiaticos mais recentes, toda a populagao de Surinam fala com desembarago o holandês. O inglês dos negros da selva tem, entretanto, a mesma importancia, na vida comercial cor- rente de Surinam. Contem palavras das linguas negras nativas, vindas diretamente da Africa, bem como têrmos francêses, portuguêses, espanhóis, inglêses, holandêses e até hebreus, e é uma linguagem tanto grafica como oral, na qual foi traduzida a Biblia, servindo, ao mesmo tempo, para escrever cangöes, contos e historietas. Possüe um grande acervo de provérbios e, o que é mais importante, tem história. O inglês dos negros deve a sua existência as necessidades criadas pela importagao de escravos, os quais comegarm a Chegar a Surinam no ano de 1650. Nao somente os donos dêsses escravos precisavam de uma lingua comum que lhes permitisse se entender com êles, mas os próprios escravos, vindos de diferentes partes da Africa, necessita- vam também de um meio de expressao...”
2

“...fórga, e somente uma pequena parte do Reino, no Pacifico, nao caiu sob as garras do inimigo. Mas no Atlantico também existem partes inte- grantes do Reino Holandês, isto é, Surinam e Cu- ragau, e é admiravel ver como êsses territories se sentem unidos por numerosos lagos a America Latina. Os habitantes de Curagau, por exemplo—e o mesmo se pode dizer dos habitantes das outras ilhas de So- tavento—têm um grande amor por sua patria nativa, mas, acima de tudo, se sentem holandêses. Todavia, por seu idioma, por sua cultura e sua história, tam- bém se acham vinculados ao grande continente sul americano. i Em Curagau, muitas construgoes arquitetonicas e muitos costumes da populagao poderao ser holandê- ses, mas nao ha düvida ai sóbre a grande influência hispano-portuguesa na formagao da cultura do pais. Os habitantes de Curagau, de Aruba, e de Bonaire, em sua maioria, professam a religiao católica. Anti- gamente, os sacerdotes vinham da América do Sul, ao passo que agora o culto religioso se encontra...”
3

“...os jovens que dêles fazem parte satisfazem as suas necessidades com os seus próprios recursos e com seu trabalho. Um dos grandes diarios de Curagau pertence a Missao, e propugna firmemente pelos principios da moral crista na vida püblica; outro jornal, de menor circulagao, escrito na linguagem popular do Território, “o papiamento,” é tam- bém publicado sob os auspicios da Missao. A Igreja esti- mula o interésse pelo “papiamento,” e, embora a Missao nao permita que os seus alunos se esquegam do idioma holandês, os padres frequentemente pronunciam sermóes na lingua popular de Curagau. Ao contrario do que acontece em Surinam, onde sao desconhecidas as divisöes politicas partidarias, os católicos de Curagau se acham organizados em um partido politico, que tem 10 das quinze cadeiras da Assembléia Legislativa. Entretanto, em sua maioria, os membros do Conselho Pri- vado do Governador e os Chefes de Departamentos nao sao católicos; na vida pratica da politica do pais, observa-se, portanto, uma situagao...”
4

“...importa quais sejam a sua raga e a sua nacionalidade. Todavia, existem trés variedades de “papiamento,” isto é, trés dialetos de uma linguagem que, por sua vez, foi con- siderada erroneamente como um dialeto. Além do “papia- mento” geral, ha também o “papiamento” dos holandêses e o das ilhas de Sotavento. Mas, embora os judeus empre- guem mais palavras espanholas e portuguêsas, e os holan- dêses se inclinem, como é natural, para o uso de uma espécie de “papiamento” em que predomina o seu pró- prio idioma, as variagöes nao sao tao grandes que consti- tuam qualquer dificuldade para que uns e outros se enten- dam perfeitamente. Como no caso da linguagem popular de Surinam, o “talkee-talkee,” acredita-se que o “papiamento” tenha tido origem provavelmente entre os escravos que foram levados para Curagau, nos albores de sua história, pelos traficantes portuguêses. Um estudioso dessa pinturesca linguagem ex- pressou essa teoria na seguinte forma, sumamente poética: “A semente do português caida no solo...”