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“...“Queremos sustentar as liberdades humanas e estabelecer um feliz equilibria entre os di- reitos e deveres do individuo e os da coletivi- dade.” S. M. a Rainha Guilhermina r...”
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“...BABEL BA SELVA A LINGUAGEM VERNACULA DE SURINAM Por R. D. SIMONS, Inspetor de Instrugao Püblica QS visitantes chamam-na “talkee-talkee.” Os negros cha- mam-na “ningre,” “ninegre-tongo” (linguagem dos negros) ou “Sranan-tongo” (linguagem de Surinam). Os holandêses chamam-na “inglês dos negros.” Mas, como quer que seja denominado, “talkee-talkee,” “linguagem de Surinam ou inglês dos negros,” trata-se de um idioma que evidentemente nao é nem exclusivamente dos negros nem muito menos inglês. Êsse inglês dos negros é a linguagem popular que se fala nas ruas de Surinam. Falam-no os negros, os indios, os hindüs, os chinêses, os javanêses, os portuguêses, e os pró- prios holandêses. Mas, embora êsse jargao seja falado por quasi toda a populagao, podendo ser considerado como a lingua universal das numerosas rag as que habitam o Terri- tório, talvez nao desempenhe um papel tao importante na vida social e cultural de Curagau como o “papiamento.” Isso se deve ao fato de que, com excegao dos negros...”
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“...fórga, e somente uma pequena parte do Reino, no Pacifico, nao caiu sob as garras do inimigo. Mas no Atlantico também existem partes inte- grantes do Reino Holandês, isto é, Surinam e Cu- ragau, e é admiravel ver como êsses territories se sentem unidos por numerosos lagos a America Latina. Os habitantes de Curagau, por exemplo—e o mesmo se pode dizer dos habitantes das outras ilhas de So- tavento—têm um grande amor por sua patria nativa, mas, acima de tudo, se sentem holandêses. Todavia, por seu idioma, por sua cultura e sua história, tam- bém se acham vinculados ao grande continente sul americano. i Em Curagau, muitas construgoes arquitetonicas e muitos costumes da populagao poderao ser holandê- ses, mas nao ha düvida ai sóbre a grande influência hispano-portuguesa na formagao da cultura do pais. Os habitantes de Curagau, de Aruba, e de Bonaire, em sua maioria, professam a religiao católica. Anti- gamente, os sacerdotes vinham da América do Sul, ao passo que agora o culto religioso se encontra...”
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“...Graaf deu ordens para que os canhóes da praga local fossem disparados, em sinal de homenagem a bandeira que ondeava no mastro do navio. Poucos anos depois dêsse curioso incidente, os inglêses declararam guerra a Holanda e enviaram una frota, sob o comando de Roodney, contra San Eustaquio. Nao havia, nas imediagöes da ilha, nenhum navio holandês, e a possessao caiu sem resistencia. Os inglêses saquearam a ilha e se retiraram. Depois disso, o Território de Curagau passou mais uma vez ainda ao dominio dos inglêses—mas, entao, pacifica- mente. Durante as guerras revolucionarias da Franga, ó ultimo dos Stadhouders (chefes de Estado) holandêses, Guilherme V, se refugiou na Inglaterra, e, em seguida, a Holanda foi invadida pelos francêses. Assim foi como, com o fim de impedir que as suas possessóes de Ultramar caissem nas maos do inimigo, Guilherme V deu ordens aos seus süditos para que ficassem sob a protegao da Inglaterra. Curagau cumpriu a orden, embora com relu- tancia, depois de ter sofrido...”
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“...mudou completamente. Aumentou rapidamente o numero de seus habitantes; construiram-se estradas; foram impor- tados automóveis, e executaram-se grandes obras. A popu- lagao ganha agora mais dinheiro, aumentando-se, conse- quentemente, as importagoes em geral. A ilha comegou a ser de interésse para a navegagao, e o porto tomou uma importancia que lhe permite, gracas as melhorias intro- duzidas ultimamente, dar abrigo as embarcagöes de grande tonelagem. Oranjestad é, atualmente, uma cidade pequena mas di- namica, que desfruta de uma próspera vida comercial. INSTALAQÖES PARCIAIS DE UMA REFINARIA DE PETRÓLEO '■SSSfgjj mm I» Efecar San Nicolas, centro petrolifero, apresenta ainda mais acentuados sinais de seu rapido crescimento, e a sua trans- formagao em uma cidade moderna requerera ainda alguns anos de esförgo. Em Aruba, como em Curagau, todos os artigos de ne- cessidade cotidiana têm que ser importados. A importagao dêsses artigos é feita em parte por intermédio de Curagau, e, em parte, diretamente...”
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“...os jovens que dêles fazem parte satisfazem as suas necessidades com os seus próprios recursos e com seu trabalho. Um dos grandes diarios de Curagau pertence a Missao, e propugna firmemente pelos principios da moral crista na vida püblica; outro jornal, de menor circulagao, escrito na linguagem popular do Território, “o papiamento,” é tam- bém publicado sob os auspicios da Missao. A Igreja esti- mula o interésse pelo “papiamento,” e, embora a Missao nao permita que os seus alunos se esquegam do idioma holandês, os padres frequentemente pronunciam sermóes na lingua popular de Curagau. Ao contrario do que acontece em Surinam, onde sao desconhecidas as divisöes politicas partidarias, os católicos de Curagau se acham organizados em um partido politico, que tem 10 das quinze cadeiras da Assembléia Legislativa. Entretanto, em sua maioria, os membros do Conselho Pri- vado do Governador e os Chefes de Departamentos nao sao católicos; na vida pratica da politica do pais, observa-se, portanto, uma situagao...”
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“...importa quais sejam a sua raga e a sua nacionalidade. Todavia, existem trés variedades de “papiamento,” isto é, trés dialetos de uma linguagem que, por sua vez, foi con- siderada erroneamente como um dialeto. Além do “papia- mento” geral, ha também o “papiamento” dos holandêses e o das ilhas de Sotavento. Mas, embora os judeus empre- guem mais palavras espanholas e portuguêsas, e os holan- dêses se inclinem, como é natural, para o uso de uma espécie de “papiamento” em que predomina o seu pró- prio idioma, as variagöes nao sao tao grandes que consti- tuam qualquer dificuldade para que uns e outros se enten- dam perfeitamente. Como no caso da linguagem popular de Surinam, o “talkee-talkee,” acredita-se que o “papiamento” tenha tido origem provavelmente entre os escravos que foram levados para Curagau, nos albores de sua história, pelos traficantes portuguêses. Um estudioso dessa pinturesca linguagem ex- pressou essa teoria na seguinte forma, sumamente poética: “A semente do português caida no solo...”