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“...quando se pensa que em sua populagao de 55,000 habitan-
tes nao ha mais do que 2,000 holandêses. Porque Parama-
ribo é uma cidade em que convivem numerosas ragas: criou-
los e mulatos, hindüs e Javaneses, chinêses e sirios, liba-
nêses e lusitanos, e, como é natural, holandêses da
metrópole.
Considerada etnologicamente, a cidade é meio africana e
mem asiatica. Nao é de estranhar, portanto, que uma visita
ao seu pinturesco mercado, colorido como os bazares orien-
tais, dificilmente sugira um ambiente “holandês,” como
tambén nao o sugerem as aglomeragaes hindüs que, nos
seus dias de grandes festejos, evocam memórias do Tigre
e do Ganges. Apesar de tudo isso, a cidade é inequivoca-
mente holandêsa, o que nao quer dizer, entretanto, que se
assemelhe forgosamente a qualquer cidade tipica da Ho-
landa atual. Quer somente dizer que Paramaribo possüe
o aspecto de dignidade, de respeitabilidade, mesmo talvez de
certa solenidade, que carateriza a maioria das cidades pro-
vinciais da Holanda.
Desde...”
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