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“...vida recatada e acen-
tuadamente cultural de uma cidade do Velho Mundo, tem
ligagao intima com a selva que a circunda, com as regiaes
agricolas escassamente povoadas e com os bosques primiti-
ves, de onde correm para o mar os grandes rios. Em Para-
maribo é dificil esquecer o fato de que, apesar da dogura
e da serenidade em que desliza a sua vida, encerrada em
si mesma, essa é uma cidade que se acha rodeada pela
natureza, em seus aspectos mais virginais. Os negros da
selva, brilhantes como o ébano, traj’ando roupas estranhas
e vistosas, pois nao se lhes permite entrar na zona urbana
tao escassamente vestidos como andam pelas selvas, sao
visitantes cotidianos da cidade, onde procuram os artigos
com que renovar os seus limitados pertences. Mas, quando
atravessam a magnifica Praga do Govêrno, em que se destaca
o Palacio do Governador, nao se pode deixar de impressio-
nar com o contraste que êsses primitivos filhos da floresta
fazem com a refinada beleza da Praga, que, com os seus
monumentais...”
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